Já Que é Inútil Fingir Que Não As Julgamos
 
 
Carlos Cardoso Aveline
 
 
A ARTE DE JULGAR PESSOAS
 
 
 
Julgar e avaliar é o que fazemos antes de tomar decisões. Toda decisão tem como base algum tipo de julgamento. É inútil, portanto, fingir para nós mesmos ou para outros que não julgamos pessoas e situações. Fazemos isso o tempo todo.
 
No entanto, a ideia de julgar inclui o dever de ser justo e equilibrado. Julgar e avaliar nos convida a prestar atenção aos fatos, a ter respeito pela verdade, e isso é benéfico – em primeiro lugar – para nós mesmos.
 
Devemos observar os vários aspectos da realidade, antes de fazer o nosso julgamento. Nossa decisão deve estar sempre aberta à aceitação de novos fatos.
 
Helena Blavatsky escreveu, citando o antigo filósofo hindu Narada:
 
“Jamais pronuncie estas palavras: ‘Não conheço isso, portanto é falso’. É preciso estudar para saber, saber para compreender, compreender para julgar.” [1]
 
A realidade é dinâmica. Ela surpreende a todos com frequência. Ela costuma derrotar aqueles que se recusam a olhar os fatos à sua frente, ou apreciam mais o conforto e as conveniências pessoais do que a verdade e a sinceridade.
 
Seguramente erraremos ao julgar situações e pessoas. Mas sempre podemos aprender com os erros. Neste sentido, nossos fracassos acumulados talvez constituam um tesouro de proporções consideráveis.
 
Tudo o que precisamos é coragem para olhar honestamente nossas falhas, e uma vontade de fazer o melhor em cada situação, com base nas lições aprendidas. 
 
NOTA:
 
[1] “Ísis Sem Véu”, Helena P. Blavatsky, Ed. Pensamento, SP, edição em quatro volumes, ver volume II, pp. 295-296. É levada em conta em nossa transcrição a edição original em inglês.
 
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Uma versão inicial do artigo acima foi publicada na edição de outubro de 2013 de “O Teosofista”.
 
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