Pomba Mundo
 
Experiências de Vida de
Alguns Filósofos Clássicos
 
 
Carlos Cardoso Aveline
 
 
A Sabedoria de Atenas com  mold
 
Imagem do Partenon
 
 
 
A capital grega tem uma população que pode até dobrar de tamanho, no auge da temporada turística.
 
O encanto da Grécia e da sua cidade mais famosa vai, no entanto, muito além da beleza arquitetônica. Uma viagem pelo tempo, e a possibilidade de conhecer um pouco mais sobre si mesmo, é o mistério maior que Atenas oferece a seu visitante.
 
No ponto mais alto da cidade que foi governada por Sólon e Péricles, a Acrópole reúne os templos sagrados que ajudaram a formar o berço da cultura ocidental e da democracia política.
 
Lá está o Partenon, que foi construído sob a direção do escultor Fídias. Lá está a origem da civilização cuja marca maior é a liberdade de pensamento, mas que também se caracteriza por várias formas de violência, guerras e saques.
 
Um exemplo disso está nas obras de arte do Partenon. A maior parte dos belos frisos desse templo, com imagens em baixo-relevo, foi serenamente roubada pelos ingleses há cerca de dois séculos. Para isso eles tinham “autorização” dos turcos, que na época dominavam a Grécia. A Grã-Bretanha recusa-se até hoje a devolver os pedaços que levou do Partenon. Em compensação, cuida bem dos objetos furtados e permite que o público os examine no Museu de Londres.
 
Ao contrário dos objetos materiais, no entanto, a sabedoria de Atenas não pode ser roubada.  Ela brilha acima dos conflitos humanos e permanece inabalável diante da maré oscilante dos assuntos menores. Há três mil anos ela conquista corações e mentes de todo mundo.  Viajando ou não à Grécia, milhares de pessoas revivem a cada dia as cenas e as lições de vida dos filósofos de Atenas, no período glorioso que antecedeu o cristianismo.
 
Diante da Acrópole, Sigmund Freud teve uma experiência de expansão de consciência com desdobramento. Surgiu nele uma profunda sensação de reencontro com o local. Freud descreveu o episódio em uma carta ao escritor Romain Rolland. O texto está  publicado em suas obras completas sob o título “Um Distúrbio de Memória na Acrópole”. Apesar do seu aparente materialismo, Freud não rejeitou de todo a ideia de que tenha ocorrido ali o surgimento de uma recordação de vida passada. [1] 
 
Seguramente, nem todos têm acesso a memórias de vidas anteriores – algo que, aliás,  nunca deve ser buscado artificialmente. Mas todos têm algo de importante a aprender com a Grécia.
 
Sócrates de Atenas
 
A fase mais bem documentada da história grega  começa no século 6 antes da era cristã, quando a filosofia surgiu estimulando o debate livre sobre a arte de viver, e abriu espaço para as percepções científicas da realidade. Os filósofos interpretavam os mitos antigos como narrativas simbólicas de uma sabedoria maior. Investigavam o mundo divino, mas não acreditavam em dogmas. Estudavam Astronomia, Matemática, Medicina, Geometria, Física e Mitologia,  mas seu tema maior, que abarcava os outros, era o autoconhecimento e a Psicologia,  isto é, o estudo da alma humana em sua relação dinâmica com o universo.
 
Tales de Mileto (624-545 A.E.C.) ensinava que a alma de cada homem é imortal, que o princípio do universo é a água, que o mundo tem alma e está repleto de divindades. Tales vivia em Atenas quando a cidade foi governada por Sólon, o estadista que fez as primeiras reformas sociais em direção à democracia. Foi Clístenes, a partir de 508 A.E.C., que  estabilizou o surgimento da democracia.
 
Quando Tales já não vivia, e depois que a escola pitagórica foi destruída em Crotona, a luz libertária da filosofia passou a brilhar através de um ex-soldado, um homem simples, com jeito ingênuo, mas famoso por sua ironia demolidora.  Seu nome era Sócrates, e sua cidade, Atenas.
 
Nascido em 469 antes da era cristã, Sócrates combateu com bravura nas guerras da sua época, mas tinha um comportamento nada usual durante seu tempo de lazer. Certa vez, para pensar  melhor em um problema filosófico, ele permaneceu imóvel de pé o dia todo, na rua.  Ao cair da noite, alguns soldados colocaram suas camas ao ar livre, para poder admirar melhor o espetáculo daquele homem alheio ao mundo e petrificado pelo êxtase. Sócrates ficou lá até o amanhecer. Então fez suas orações para o Sol – importante divindade na Grécia – e voltou à vida física normal.[2]  Mas esse não foi um episódio isolado. No início do seu diálogo “O Banquete”, Platão conta que Sócrates caminhava com seus amigos para um jantar quando, subitamente, se deteve e ficou imóvel na rua, envolto em algum problema abstrato.  Naquela noite, o banquete teve de começar sem ele.
 
O filósofo Sócrates começou a expor sua visão da vida dialogando com as pessoas na Ágora, a antiga praça comercial e centro de debates da sua Atenas, cujas ruínas ainda podem ser visitadas hoje. Esse pensador pouco convencional construiu sua filosofia em torno de uma constatação cortante:
 
“Só sei que nada sei”.
 
Foi considerado o maior sábio da Grécia pelo oráculo de Delfos, mas explicou essa distinção através de um paradoxo:
 
“Nem eu, nem os sofistas, nem os poetas, nem os artistas, sabemos o que é a verdade, o bom e o belo. Mas há entre nós uma diferença. É que, embora essas pessoas nada saibam, todas elas acreditam saber, ao passo que eu, que nada sei, admito ignorar o que desconheço.”
 
Dialogando, Sócrates revelava a ignorância coletiva e a ilusão em que viviam as pessoas. Mas Diógenes Laércio conta que o filósofo não tinha uma vida fácil. Quando ele fazia uma pergunta após a outra aos cidadãos e ia desmascarando implacavelmente o autoengano em que viviam, nem todos aceitavam as lições do mestre. Os mais impacientes golpeavam-no com os punhos, davam-lhe pontapés ou lhe arrancavam os cabelos. Outros o ridicularizavam e desprezavam. Sócrates tudo suportava com tranquilidade. Quando um amigo perguntou por que ele não reagia, o filósofo respondeu:
 
“E se eu levasse coices de um asno, por acaso deveria levá-lo aos tribunais?”  [3]
 
Conviver com alguém que permanece em um nível elevado de consciência não é tarefa fácil. Diógenes Laércio conta que a própria mulher de Sócrates, Xantipa, perdia a paciência com o sábio.  Certa vez ela disse-lhe uma longa série de injúrias e – finalmente – virou sobre ele uma jarra cheia de água fria. O sábio respondeu apenas:
 
“Depois de tantas trovoadas, eu sabia que viria chuva.” [4]
 
Xantipa não era um modelo de amabilidade. Um dia Antístenes perguntou a Sócrates por que, afinal, ele suportava aquela mulher, “a mais desagradável de quantas existiram, existem ou podem existir um dia”.  
 
Sócrates respondeu:
 
“Quem quiser aprender a cavalgar bem não escolherá os cavalos mais dóceis, mas os mais inquietos, porque sabe que, se puder dominar os cavalos indóceis, dominará facilmente os outros. Por isso também eu, querendo conviver com os homens, escolhi essa mulher, convencido de que se puder suportá-la facilmente irei conviver bem com os homens.” [5]
 
Sócrates levava uma vida simples. Um dia ele convidou amigos para jantar em sua casa e Xantipa disse que estava envergonhada com a pouca comida que tinha para oferecer-lhes.  “Não te preocupes”, disse o filósofo. “Se os convidados forem moderados, ficarão satisfeitos com a refeição. Se forem grosseiros, não merecem que nos preocupemos com eles.”
 
Sócrates contrariava o orgulho bairrista dos atenienses. Certa vez, quando alguém criticou seu discípulo Antístenes por ser filho de mãe estrangeira, Sócrates retrucou:
 
“E tu pensavas que um homem tão nobre como ele poderia ter nascido de pai e mãe atenienses?” [6]
 
Sua filosofia não era apenas politicamente incorreta. Ela ameaçava os poderosos da sua época. Condenado à morte através de ingestão de veneno sob a acusação de negar os deuses, a sua fuga seria fácil, e encontraria a tolerância dos seus inimigos. Mas segundo sua filosofia não havia razão para temer a morte. Sócrates rejeitou sem a menor hesitação  o esquema de fuga preparado por seus amigos. Ao saber disso, sua esposa lamentou-se e disse:
 
“Morrerás injustamente”.
 
Mas Sócrates retrucou:
 
“Então, tu preferirias que minha morte fosse justa?” [7]
 
Irônico, imperturbável, antes de morrer ele declarou que os seus perseguidores também haviam sido condenados à morte – pela natureza.  O filósofo fez da sua morte uma lição de grandeza e de sabedoria que atravessa milênios. 
 
Entre os discípulos de Sócrates, o mais famoso foi Platão de Atenas (427-347 A.E.C.).  Quando jovem, Platão adquiriu os livros pitagóricos de Filolaus, e eles deram a base da  sua filosofia no que ela foi além de Sócrates. Platão não só visitou os pitagóricos na Itália, mas viajou ao Egito e ali foi iniciado nos Mistérios antigos. Ao contrário do que ocorreu com outros autores,  quase todas as obras de Platão chegaram até os tempos atuais, e é disso, em parte, que resulta a fama desse filósofo. Seus escritos foram poupados das inúmeras fogueiras de livros, incansavelmente promovidas pelos cristãos, ao longo de mais de quinze séculos.  
 
Antístenes de Atenas
 
Outro discípulo direto de Sócrates, Antístenes de Atenas (446-366 A.E.C.),  ficou conhecido por sua irreverência. Antístenes  inspirou a filosofia radical dos cínicos, e era atacado, entre outros motivos, por questionar a utilidade real das longas elaborações teóricas de Platão.
 
Certa vez, ao ouvir que Platão o criticara, Antístenes respondeu:
 
“Agir bem e ser alvo de críticas é um privilégio de reis”. 
 
Rigoroso como um mestre zen-budista, Antístenes não facilitava a vida dos seus discípulos.  O biógrafo Diógenes Laércio conta que, quando lhe perguntaram por que tinha poucos alunos, respondeu:
 
“Porque uso uma vara de prata para expulsá-los”.  
 
De fato, quando o jovem Diógenes de Sinope insistiu em receber lições dele, o filósofo ameaçou o futuro aluno com um porrete.  Antístenes tinha motivos pessoais para ser rigoroso com seus discípulos. O pensador rejeitava aplausos. Para ele, “é melhor cair entre os corvos que entre os aduladores; porque os corvos devoram apenas os mortos, mas os aduladores devoram os vivos”.  Antístenes pensava que a maior parte das pessoas evita a sabedoria. Por isso, quando lhe disseram que muita gente o elogiava em Atenas, ele retrucou de imediato:
 
“O que será que eu fiz de errado?”
 
O sábio era lacônico. Como no caso de outros pensadores clássicos, sua filosofia ficou registrada em frases curtas, fáceis de memorizar.  Perguntado sobre qual podia ser a maior bem-aventurança para os homens, disse apenas: “Morrer feliz”. Quando alguém se lamentou porque havia perdido os apontamentos que fizera sobre filosofia, Antístenes afirmou:
 
“Tu devias ter gravado os ensinamentos na tua alma, e não no papel”. 
 
Segundo Diógenes Laércio, um dia perguntaram a Antístenes o que ele havia ganho com a filosofia.  Respondeu: “O fato de poder conversar comigo mesmo”.  
 
Segundo ele, a excelência é uma arma que ninguém pode tirar de nós. Contrariando os preconceitos da época, que estimulavam o desprezo pelas mulheres, ele considerava que a excelência é a mesma para a mulher e o homem.  Mas, se vivesse no mundo atual, Antístenes não se guiaria por pesquisas de opinião pública, como fazem tantos políticos modernos.   Ele dizia: “É melhor estar com uns poucos homens bons contra muitos maus, do que com muitos homens maus contra poucos homens bons”.  Ele gostava de aprender com as dificuldades.   “Devemos dar atenção aos inimigos”, dizia, “porque são os primeiros a notar nossos erros”. E aconselhava: “O que é bom é belo;  o que é mau, é feio. Considera todas as más ações como coisas alheias a ti. Devemos gostar mais de um homem justo do que de um parente”. [8]
 
Diógenes de Sinope
 
Diógenes de Sinope (424-323 A.E.C.), discípulo de Antístenes, preferiu morar nas ruas de Atenas. Ele se autodefinia como um cão, e buscava agir em tudo com a naturalidade dos animais. Criticava Platão, a quem acusava de falar em excesso. Radical, dizia estar profundamente admirado de ver estudiosos discutindo os sofrimentos do herói da Odisseia, enquanto ignoravam os seus próprios males; e de ver os músicos afinando as cordas das liras, sem buscarem a harmonia das suas próprias almas; e de ver os matemáticos examinando o sol e a lua, enquanto ignoravam a realidade que estava diante dos seus próprios olhos; e de ver os oradores falando em justiça, sem tentarem ser justos. Ele gostava de desafiar a opinião pública. Certa vez gritou na Ágora:
 
“Atenção, homens!” 
 
Vários cidadãos juntaram-se ao seu redor, mas ele os afastou a todos, com uma atitude que combinava desprezo e decepção:
 
“Eu disse homens – não canalhas!”
 
Os cínicos anteciparam a ideia estoica da rejeição ao conforto e à comodidade.  Antístenes havia dito:
 
“Deixa que vivam no luxo os filhos dos teus inimigos!”
 
E Diógenes procurava viver do modo mais simples possível.  Ele nada possuía, materialmente, mas afirmava que o universo inteiro pertence aos sábios. Quando viu um menino bebendo água com as mãos em concha, confessou que a criança lhe dera uma lição de simplicidade e jogou fora a tigela que usava até aquele momento.  Ele dizia que os deuses haviam concedido aos homens meios simples de vida, mas que os homens perderam de vista essa vantagem e tornaram-se dependentes de bolos de mel, remédios e tantas outras coisas artificiais.  O filósofo ridicularizava a fama, a nobreza de nascimento e o poder político.  Quando foi feito prisioneiro após a batalha de Caironea, os soldados inimigos o levaram até o rei Felipe e este perguntou quem era ele. Diógenes respondeu:
 
“Sou um observador da tua ambição insaciável”.
 
Impressionado com a força interior do cínico, o rei mandou libertá-lo.
 
Diógenes era um cético em relação ao casamento. Perguntado qual era a época certa para casar,  ele retrucou:
 
“Quando se é jovem, ainda não é a época. Quando se é velho, é tarde demais.”
 
Mas em uma ocasião alguém disse que a própria vida é um mal, e ele corrigiu a pessoa prontamente:  
 
“Não a vida, mas viver erradamente.”  
 
Um ateniense lhe confessou que não se sentia inclinado à filosofia, e Diógenes disse:
 
“Por que vives, então, se não tentas viver bem?”
 
Quiseram saber o que ele ganhara com a filosofia, e explicou:
 
“No mínimo, estar preparado para enfrentar todas as incertezas da vida”.
 
Perguntaram a Diógenes qual era sua pátria e ele respondeu:  
 
“Sou um cidadão do mundo”. [9]
 
Outro sábio a ensinar em Atenas foi Aristóteles de Estagira (384 a 322 A.E.C.). Ex-discípulo de Platão, Aristóteles ficou famoso por seu enfoque metódico dos temas filosóficos e sua sistematização da lógica. Ele também ensinava sobre a política, a ética e a arte de ser feliz. Perguntado sobre o que ganhara com a filosofia, Aristóteles confessou:
 
“Ela me permite fazer, sem que os outros me obriguem, aquilo que alguns só fazem por medo das leis.”
 
Aristóteles também tinha um espírito crítico aguçado. Ele dizia que os atenienses haviam descoberto tanto o trigo como as leis, mas –  embora usassem o trigo –  não obedeciam às leis.
 
A cultura e a sabedoria gregas resistiram cerca de mil anos, antes de cair diante da força obscura da Idade Média.  Do ponto de vista estritamente político e militar, Atenas entrou em decadência  já entre 330 e 320 A.E.C., com a ascensão de Alexandre da Macedônia e o  início da era helenística. Mas a cidade continuava sendo um grande centro de conhecimento  filosófico. Em Atenas, Zenão de Cício (333-261 A.E.C.) fundou o estoicismo, uma filosofia que possui muitos pontos em comum com o budismo. 
 
Entre os atenienses, Epicuro – considerado um Teosofista por Helena Blavatsky – fundou a escola do Jardim em 307  A.E.C.   
 
Em Atenas, Proclo (412-485, já na era cristã)  dirigiu a Escola Neoplatônica,  que resistiu até o século 6.  Foi só no ano de 529 da era cristã que um imperador, Justiniano, proibiu formalmente a livre manifestação da sabedoria antiga.
 
A partir daquele momento, a cultura greco-romana teria de esperar quase mil anos para ressurgir, o que ocorreu no final da chamada Idade Média. Foi, então, resgatada uma parcela significativa da riqueza e da diversidade originais que caracterizaram a cultura antiga.  
 
Esta nova primavera de liberdade abriu as portas da era moderna – e recebeu o nome de Renascença.
 
NOTAS:
 
[1] “Um Distúrbio de Memória na Acrópole”. Em “Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud”, volume XXII (1932-1936), Imago Editora, RJ, 1969 / 1994, 284 pp., ver pp. 237 a 245.
 
[2] “Sócrates”, Anthony Gottlieb, Ed. Unesp,  SP, 1999, 58 pp., ver  pp. 7-8.
 
[3] “Vidas e Doutrinas dos Filósofos Ilustres”, de Diógenes Laércio, Ed. UnB, Brasília, 1987, tradução e notas de Mário da Gama Kury, 357 pp.  Sobre Antístenes, ver p. 53.
 
[4] Outra versão desta frase de Sócrates aparece em “Vidas e Doutrinas dos Filósofos Ilustres”, obra citada,  p. 57: “Eu não disse que a trovoada de Xantipe acabaria em chuva?”.
 
[5] “Recuerdos de Sócrates, Banquete, Apologia de Sócrates”, de Jenofonte, Ed. Planeta Deagostini Argentina/Colômbia/Uruguay/Ecuador, 1997, 286 pp., ver p. 222, no texto “El Banquete”.
 
[6] “Vidas e Doutrinas dos Filósofos Ilustres”, Diógenes Laércio, Ed. UnB, obra citada, p. 55.
 
[7] “Vidas e Doutrinas dos Filósofos Ilustres”, obra citada, p. 56.
 
[8] “Vidas e Doutrinas dos Filósofos Ilustres”, obra citada. Sobre Antístenes, ver pp. 153-157. 
 
[9] “Vidas e Doutrinas dos Filósofos Ilustres”, obra citada.  Sobre Diógenes de Sinope, ver pp. 157-173.
 
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O artigo acima foi publicado inicialmente pela revista “Planeta”, de São Paulo, na edição de agosto de 2004. Foi revisado pelo autor para a presente edição online de julho de 2010.
 
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