A Dor e a Felicidade Me Rodeiam, e Eu Oro
 
 
Carlos Cardoso Aveline
 
 
 
 
 
Não rezo para deus algum. Não peço favores a Mestres ou divindades: prefiro tratar de ajudá-Los. As orações que faço são livres, expressam a boa vontade presente na alma. Olho para o mundo e vejo razões para pensar no reino celeste.
 
Uma criança pobre morre num hospital e eu oro.  
 
Um terrorista mata a sangue frio cidadãos indefesos, e eu oro.
 
Um político rouba discretamente dinheiro do seu próprio povo, e eu prossigo orando. Centenas de crianças morrem em uma guerra – e eu oro.
 
Florestas inteiras são destruídas pelo fogo, enquanto me dedico a orar. O dióxido de carbono, ou fumaça, se espalha pela atmosfera do planeta e eu oro. Inúmeras futilidades circulam pela mídia e nas redes sociais, e eu oro. Vejo pessoas adorando o dinheiro e agindo como devotos do falso poder da aparência, e oro.
 
Um novo ser humano nasce em algum lugar, e a oração prossegue. Grande número de crianças estão seguras e protegidas em todo o mundo, enquanto oro. A boa vontade gera vida. Maridos e mulheres amam-se e cuidam dos seus filhos, e eu oro.
 
Novas árvores são plantadas em cada continente, enquanto oro.  Estadistas honestos pensam no bem das suas nações, e eu oro. O estado judaico, cuja própria existência soa como um insulto para os terroristas e os antissemitas, brilha e cresce com uma luz firmemente democrática.
 
Eu oro.
 
No meio das dores de parto do tempo futuro, as Américas do Sul, Central e do Norte acordam para um novo nível de percepção, e eu oro. Os cidadãos europeus se adaptam à mudança enquanto prosseguem sua marcha evolutiva, e eu oro.
 
Políticos corruptos são recolhidos a penitenciárias, e eu prossigo orando. Líderes populistas fogem da lei mentindo e enganando – e eu contemplo, com serenidade, os temas divinos.
 
A Ásia tem uma sabedoria que nada pode perturbar. Ela ilumina permanentemente o mundo – e eu oro. As nações eslavas possuem uma vitalidade paradoxal, um amor pela vida e pelo contraste constante – e eu oro. A África sangra, sofre e aprende lições, e a oração continua. Não precisamos de mais uma catástrofe como a de Atlântida, e eu oro.
 
A dor e a felicidade me rodeiam, e eu oro, para que as pessoas compreendam a Lei e vivam em harmonia. E eu digo, como outros dizem:
 
Possa a bondade proteger os povos da autodestruição, moral e física. Que as nações mereçam líderes tão honestos e sábios quanto possível.
 
Que o cidadão culto e o ignorante reconheçam o fato de que são todos irmãos, e o pobre e o rico, e no Oriente e no Ocidente, e no Norte e no Sul.
 
Que cada indivíduo de boa vontade aprenda Sabedoria com as árvores, os animais e as estrelas.  Possam todos encontrar a paz interior, transmiti-la uns aos outros, e viver em unidade com Ela.   
 
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O artigo acima foi publicado pela primeira vez em inglês sob o título de “A Prayer for the World”. Ele está disponível neste idioma em nossos websites associados e pode ser lido em nosso blogue em “The Times of Israel”.
 
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